segunda-feira, 10 de junho de 2013

SALMO 18


Ao mestre de canto. Salmo de Davi, servo do SENHOR, o qual dirigiu ao SENHOR as palavras deste cântico, no dia em que o SENHOR o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Ele disse:
18.1 Eu te amo, ó SENHOR, força minha.
18.2   O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte.
18.3   Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos.
18.4   Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror.
18.5   Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam.
18.6   Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos.
18.7   Então, a terra se abalou e tremeu, vacilaram também os fundamentos dos montes e se estremeceram, porque ele se indignou.
18.8   Das suas narinas subiu fumaça, e fogo devorador, da sua boca; dele saíram brasas ardentes.
18.9   Baixou ele os céus, e desceu, e teve sob os pés densa escuridão.
18.10   Cavalgava um querubim e voou; sim, levado velozmente nas asas do vento.
18.11   Das trevas fez um manto em que se ocultou; escuridade de águas e espessas nuvens dos céus eram o seu pavilhão.
18.12   Do resplendor que diante dele havia, as densas nuvens se desfizeram em granizo e brasas chamejantes.
18.13   Trovejou, então, o SENHOR, nos céus; o Altíssimo levantou a voz, e houve granizo e brasas de fogo.
18.14   Despediu as suas setas e espalhou os meus inimigos, multiplicou os seus raios e os desbaratou.
18.15   Então, se viu o leito das águas, e se descobriram os fundamentos do mundo, pela tua repreensão, SENHOR, pelo iroso resfolgar das tuas narinas.
18.16   Do alto me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas.
18.17   Livrou-me de forte inimigo e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu.
18.18   Assaltaram-me no dia da minha calamidade, mas o SENHOR me serviu de amparo.
18.19   Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim.
18.20   Retribuiu-me o SENHOR, segundo a minha justiça, recompensou-me conforme a pureza das minhas mãos.
18.21   Pois tenho guardado os caminhos do SENHOR e não me apartei perversamente do meu Deus.
18.22   Porque todos os seus juízos me estão presentes, e não afastei de mim os seus preceitos.
18.23   Também fui íntegro para com ele e me guardei da iniqüidade.
18.24   Daí retribuir-me o SENHOR, segundo a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos, na sua presença.
18.25   Para com o benigno, benigno te mostras; com o íntegro, também íntegro.
18.26   Com o puro, puro te mostras; com o perverso, inflexível.
18.27   Porque tu salvas o povo humilde, mas os olhos altivos, tu os abates.
18.28   Porque fazes resplandecer a minha lâmpada; o SENHOR, meu Deus, derrama luz nas minhas trevas.
18.29   Pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas.
18.30   O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam.
18.31   Pois quem é Deus, senão o SENHOR? E quem é rochedo, senão o nosso Deus?
18.32   O Deus que me revestiu de força e aperfeiçoou o meu caminho,
18.33   ele deu a meus pés a ligeireza das corças e me firmou nas minhas alturas.
18.34   Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um arco de bronze.
18.35   Também me deste o escudo da tua salvação, a tua direita me susteve, e a tua clemência me engrandeceu.
18.36   Alargaste sob meus passos o caminho, e os meus pés não vacilaram.
18.37   Persegui os meus inimigos, e os alcancei, e só voltei depois de haver dado cabo deles.
18.38   Esmaguei-os a tal ponto, que não puderam levantar-se; caíram sob meus pés.
18.39   Pois de força me cingiste para o combate e me submeteste os que se levantaram contra mim.
18.40   Também puseste em fuga os meus inimigos, e os que me odiaram, eu os exterminei.
18.41   Gritaram por socorro, mas ninguém lhes acudiu; clamaram ao SENHOR, mas ele não respondeu.
18.42   Então, os reduzi a pó ao léu do vento, lancei-os fora como a lama das ruas.
18.43   Das contendas do povo me livraste e me fizeste cabeça das nações; povo que não conheci me serviu.
18.44   Bastou-lhe ouvir-me a voz, logo me obedeceu; os estrangeiros se me mostram submissos.
18.45   Sumiram-se os estrangeiros e das suas fortificações saíram, espavoridos.
18.46   Vive o SENHOR, e bendita seja a minha rocha! Exaltado seja o Deus da minha salvação,
18.47   o Deus que por mim tomou vingança e me submeteu povos;
18.48   o Deus que me livrou dos meus inimigos; sim, tu que me exaltaste acima dos meus adversários e me livraste do homem violento.
18.49   Glorificar-te-ei, pois, entre os gentios, ó SENHOR, e cantarei louvores ao teu nome.
18.50   É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre.

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